domingo, 4 de setembro de 2011

Valorização das mulheres que trabalham apenas para a sua família.

Cidade pequena é muito engraçado, a gente vive encontrando as mesmas pessoas todos os dias nos mesmos lugares. Lembra da mulher no caixa do supermercado? Pois é, a encontrei novamente esta semana. Estava sozinha, e começamos a conversar enquanto faziamos compras. A conversa girou sobre os maridos. Sempre a mesma coisa. Ela começou a me contar que o marido e os filhos deixam as roupas jogadas pelo chão do banheiro, que não adianta colocar cesto, pois eles jogam no chão: do banheiro, do quarto, da sala.
Ficamos nos questionando qual será o pensamento deles. Será que eles imaginam que as roupas têm pernas? Ah, sim, as roupas têm duas pernas, as da coitada da esposa que tem que pegar as roupas por que os machos superiores não são capazes de colocar no cesto de roupa suja ou levar para lavanderia.
E as toalhas de banho? Ela me contou que já chegou a deixar as tolhas enroladas no banheiro para ficar fedendo, porque não secam, mas nem assim adiantou, o marido insiste em tomar banho  e deixar a janela fechada e a tolhada embolada em cima do box.
Por que será que eles agem assim? é  a criação? é raiva? revolta? com certeza não é carinho, porque o marido que tem carinho e respeito pela esposa com certeza à ajuda nos afazeres domésticos.
O fato da esposa não trabalhar fora de casa não justifica esse ofensa moral à ela, pois as mulheres que tem a coragem de escolher ficar em casa para dar uma boa formação  educacional aos seus filhos e cuidar bem do marido, se abdicando de sua profissão, de seus sonhos, deveriam ser as mais valorizadas por toda a sociedade.
Afinal, são estas mulheres que estão formando bons cidadões de amanhã. São elas que não tem o limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho. São elas não tem repouso semanal, imagina então, repouso semanal remunerado.
Aliás, as mulheres que optam por ficar em casa fazendo as funções que lhes competem pela natureza, podem ter o seu trabalho assemelhado ao trabalho escravo, pois não tem remuneração, não tem férias, não tem limite de jornada, e são sempre mal tratadas por todos. Inclusive são rejeitadas pela própria sociedade, que pensa e afirma que elas não fazem nada.
Tem pergunta pior de quando a mulher que trabalha em casa e vai fazer compras do que aquela famosa: Você trabalha? Claro que trabalho: lavo, passo, cozinho, busco e levo filhos na escola, no médico, no dentista, ajudo fazer tarefa de casa, levo e busco filhos em festinhas. E, detalhe, muito importante, sem ganhar nem um centavo por isso. Ou seria um trabalho voluntário não remunerado? Porque até trabalho voluntário pode ter uma bolsa auxílio.
Mas, essas mulheres são guerreiras, são mulheres que deveriam estar sempre na mídia, sempre sendo valorizadas, estimuladas, pois são elas que estão criandos os homens e mulheres de amanhã. Não há dúvida da importância da mãe perto de sua prole, na criação e educação de seus filhos com olhos bem abertos. Somente a mãe sabe educar na medida certa.
Sempre me pergunto, nas trajédia do dia a dia, onde estavam as mães dessas crianças e adolescentes? algumas estavam trabalhando para dar de comida ao filho, pois onde estão os pais? outras estão se drogando por aí, e onde estão as mães dessas???
O ideal seria o trabalho em meio periodo, para que a mulher pudesse, se quisesse ter a sua liberdade financeira, trabalhar fora de casa e ter o prazer de ficar sempre presente aos seus filhos.
O aumento salarial dos homens também seria o ideal, outra coisa é o apelo para o consumimos, afinal a maioria das mulheres precisam trabalhar para ajudar o sustento de casa, pois a sociedade exige que cada vez se tenha mais coisas. Mas, devemos nos lembrar que essa mulher, que sai para trabalhar, além de trabalhar fora de casa, ainda tem toda a responsabilidade sobre a casa e os filhos. Alguns homens ajudam, quando querem.
É necessário que se faça uma reflexão profunda sobre os papéis dos homens e das mulheres na sociedade atual, para verificar se vale a pena continuar como estamos, pois os filhos de hoje serão os pais de amanhã. O que estamos passando para nossos filhos? Somos nós que os educamos ou são as nossas empregadas? Se consegue educar filhos somente no horário noturno e nos finais de semana?
Vamos valorizar e aplaudir as mulheres que optam e abandonam todos os seus sonhos profissionais para se dedicarem esclusivamente a sua família.